Pr. Benigno Rodrigues | ComunidadeSP
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página dedicada ao pastor
benigno Rodrigues

em memória: 17/12/1932 - 29/12/2022

Com grande pesar na noite de, 29 dezembro de 2022, anunciamos o falecimento do nosso querido e amado Pastor Benigno Rodrigues.


O Pastor Benigno foi pastor desta congregação por mais de 50 anos, foi um grande líder e um grande servo do Senhor Jesus Cristo, marcou várias vidas ao longo dos seus 90 anos recém completados, com o seu carisma e amor característicos.

O Pr. Benigno foi uma pessoa maravilhosa e acolhedora e sempre fará irá fazer falta para todos nós.

Que possamos lembrar dele sempre com alegria e gratidão ao Senhor Jesus Cristo pelo tempo que passamos juntos.

A seguir faremos registros de passagens e momentos importantes que marcaram a história do Pr. Benigno.

Agradecimento do Pr. Benigno registrado em seu livro: Os Benignos

Primeiro, quero agradecer a meu Deus. Desde o dia em que o aceitei em meu coração, Ele sempre esteve comigo e com os meus familiares e discípulos.
À minha esposa querida, que nunca desistiu e sempre esteve ao meu lado na nossa casa e na obra de Cristo.

Aos nossos filhos, genro, noras, netos e bisnetos que trazem tanta alegria às nossas vidas.

Ao nosso amado amigo Jorge Himitian, que nesses 38 anos de amizade tem nos ajudado a andar e a compreender o reino de Deus, sempre com alegria e entusiasmo.

Aos meus companheiros de ministério, Januário, Valdir e Marcos, que nesses últimos anos têm me apoiado e na minha ausência têm executado um trabalho árduo, mas cheio de responsabilidade e amor.

Ao Abias, que foi uns dos primeiros discípulos e até hoje prosseguimos juntos.
À nossa amada comunidade, que é a razão da maioria de nossas orações, que nos ama, nos serve e cuida de nós com tanto carinho.

Sou um homem grato a Deus por tudo o que Ele me deu. Tenho tudo o que preciso e a grande felicidade de ter meu amigo Espírito Santo, que me traz tanta alegria, força e consolo nas horas de angústias.

Toda honra e glória àquele que é digno de louvor na minha vida: o meu Senhor e Salvador Jesus Cristo.

 

Um homem de Deus

 

Conheço o pastor Benigno desde sempre. Ele sempre foi uma referência na vida da minha família e na minha vida também. Meu pai se converteu em 1970, através da pregação do Benigno. Minha mãe veio para São Paulo nesta época também e os dois se conheceram na congregação do pastor Benigno nesta época. Logo depois, os meus pais começaram a namorar, casaram-se em 1973 e um ano depois, em 1974, eu nasci. Então o pastor Benigno me conhece desde que eu nasci.
Minha família sempre foi muito próxima do Benigno, sempre muito envolvida nos projetos de evangelização e obras sociais promovidos pelo pastor Benigno e, neste ambiente, fui crescendo.
Tenho boas lembranças da capelinha, onde nos reuníamos quando eu era criança, na rua Barão do Rio Branco, no bairro de Santo Amaro, cidade de São Paulo/SP, lugar bem pequeno, mas aconchegante. Passei boa parte da minha infância ali, sempre ouvindo as pregações e ensinos do pastor Benigno, um homem de Deus, um profeta de Deu. Sua voz e sua orientação sempre foram muito fortes. Lembro que quando era criança eu temia o Benigno como se fosse o próprio Deus falando.
Depois disto, o local de reunião mudou para a rua Coronel Luís Barroso, também em Santo Amaro. Ali eu já era um pouco maior, um adolescente, sempre vendo os ensinamentos do Benigno na vida de meu pai. Nesta época vivenciamos muitas histórias boas nos encontros que fazíamos no sítio da congregação, que ficava em Juquitiba. A gente sempre olhou para o Benigno como a um homem de Deus. Sou muito grato a Deus por ter conhecido o Benigno assim.
Na época em que eu tinha de 18 para 21 anos, comecei a dar trabalho para os meus pais e para o pastor Benigno. Eu era muito questionador e comecei a querer andar pela minha própria sabedoria. Esta minha atitude gerou uma série de problemas para mim e para a minha família e culminou em nossa saída da congregação para um outro grupo cristão. Ficamos afastados da igreja de Santo Amaro por cerca de três anos. Neste período, fiquei noivo da Léia, minha esposa, e queríamos nos casar em breve. Porém, eu sempre tinha o pensamento de que gostaria muito que o pastor Benigno fizesse o meu casamento. Ele tinha feito o casamento dos meus pais, dos meus tios, das minhas primas e de boa parte da família, mas como estávamos distantes, era praticamente impossível que isto acontecesse. Contudo, com fé, liguei para o pastor Benigno e agendei uma conversa com ele. Foi uma conversa muito boa, onde pude pedir perdão a ele e colocar diante dele o desejo que tínhamos de voltar a caminhar juntos no mesmo grupo. Neste contexto, pedi a ele, na maior cara de pau, que fizesse o meu casamento. Confesso que achava que ele não aceitaria, porém, ele, de bate pronto, respondeu que sim, que seria um prazer.
Esta atitude dele mexeu muito comigo naquela época, pois naquele momento, eu não era bem visto por uma boa parte dos irmãos e líderes da igreja de Santo Amaro, e percebi ali a confiança que ele depositou em mim. Assim, passados algumas semanas desta conversa, o pastor Benigno fez o meu casamento e desde então voltamos a caminhar juntos. Daqui a quatro meses (em março de 2018) completarei vinte anos de casamento com a Léia. Temos duas filhas maravilhosas, Caroline e Lorena, presenteadas pelo Senhor.
Cerca de seis anos atrás fui consagrado pastor pela indicação do Benigno e, desde então, tenho o prazer de estar no presbitério de Santo Amaro junto com ele, meu pai e o Valdir.
O Benigno sem dúvida é um homem de Deus, de integridade e muita fé. Muito corajoso, exemplo para muita gente e muito humilde. Temos visto a humildade dele nos últimos anos, sempre com opiniões e posicionamentos fortes, mas ao mesmo tempo, recuando quando necessário, pedindo perdão e demonstrando que está sempre ouvindo a Deus.
Sou grato a Deus pela vida do pastor Benigno e desejo a ele muita paz e alegria em Cristo Jesus.


Marcos Alves
Novembro de 2017

Um apaixonado por Jesus Cristo

 

Conheci o Benigno em 1982. Naquela época ele havia recém-conhecido os irmãos da argentina (Jorge Himitian, Angel Negro, Ivan Baker, entre outros) e aprendido sobre o evangelho do Reino. A comunidade de Santo Amaro experimentava um período de renovação na sua visão sobre a Igreja e como viver a vida cristã. Assim, um povo que aprendia e falava sobre uma igreja de amor, agora adicionava a isso o mandamento de Jesus: “Ide e fazei discípulos”. Benigno sempre foi um homem de convicção, determinado a viver tudo o que Deus tem preparado para sua vida.
Jamais tinha visto alguém tão apaixonado por Jesus Cristo e disposto a pagar o preço daquilo que estava se propondo a viver em Deus.
Naquela época algumas pessoas da igreja decidiram não seguir com ele por isso, por causa do preço do discipulado, que acharam alto demais e por não entenderem bem o que realmente significava o senhorio de Cristo. Mas, ao longo dos anos seguintes muitos foram alcançados pela ação da igreja liderada por Benigno. Hoje, conhecemos homens usados por Deus em diversas partes do Brasil e do mundo que foram tocados por seu amor e cuidados. Ele sempre se mostrou disposto a ajudar, a servir e a amar com o amor de Jesus. Sempre foi comprometido com a visão de unidade da Igreja e gastou muito da sua energia e recursos trabalhando com o objetivo de reunir e unir pastores da sua região e influência em torno da oração de Jesus para que todos fossem um (João 17:21).
Sua determinação e fé sempre foram uma marca significativa. Um homem visionário sempre apostando em pessoas nas quais ninguém mais apostaria, depositando tempo e recursos em homens com potencial, ou não. Sempre com muito amor e dedicação alcançou grandes coisas em Deus e ajudou no cumprimento da grande comissão determinada por Jesus.
Conheci também na casa de Benigno a Iole, minha amada esposa, que havia sido “adotada” temporariamente por Benigno e Dirce naquele período, já que sua família era do interior de São Paulo (veja mais no capítulo 6). Ela ajudava nas tarefas da casa com a dona Dirce, além de trabalhar e estudar. Durante nosso compromisso, já em preparação para o casamento, a marcação era cerrada, homem a homem. Benigno foi o sogro presente já que o pai da Iole estava longe. Foi um tempo especial na minha vida, aprendendo com ele os princípios de compromisso e casamento em Deus.
Tenho tido a honra de caminhar com ele desde então. Juntos, vivemos momentos especiais, de muita alegria: nosso casamento, a chegada dos filhos, o casamento das filhas, o ministério, entre outros. Também choramos juntos algumas vezes.
Conhecer um homem com tamanha fé, determinação, visão, esperança e apaixonado por Cristo como Benigno foi uma grande benção de Deus em minha vida.
Apesar da idade avançada e sua menor força física, Benigno continua ensinando a todos ao seu redor. Sem perder a determinação e a fé que o move segue dando frutos como a palmeira.
“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.” (Salmos 92:12-15).
Receber do pastor Benigno a instrução para o ministério e o ensino para a vida foi um grande presente de Deus para nossa família.


Valdir Lecca
Novembro de 2017

Um pai espiritual


O Benigno, para mim, representa um pai espiritual, uma pessoa que sempre respeitei e sempre amei. Sempre nos demos bem.
Nunca tivemos divisão. Tivemos alguma situação de desentendimento, mas acertamos tudo. É uma pessoa por quem tenho muito respeito e admiração, tanto eu quanto minha família.
É um companheiro, fiel, temente a Deus, só tem palavras de ânimo e de edificação. Você nunca chega perto dele e ouve ele dizer que está caído. Em toda a situação ele diz:
- Vamos orar que tudo vai certo.
Sempre tem uma palavra de ânimo. Sempre.
Possui um coração sempre pronto a servir.
Nunca teve coração avarento. Seu carro nunca foi dele. A gente vivia andando para baixo e para cima no seu carro, porque seu dinheiro e bens não eram dele, mas do povo de Deus.
Nenhum irmão passava necessidade com ele por perto. Se um irmão estava sem dinheiro para arrumar o carro, por exemplo, ele sempre dava um jeito. Não tinha essa de deixar o carro parado porque não tinha dinheiro. Se precisasse uma peça, um alternador, uma bateria, até mesmo um câmbio ou um motor, ele sempre dava um jeito. Retificava o motor, comprava usado, mas sempre dava um jeito de servir a pessoa. 

Januário Alves Pires
Novembro de 2017

Servo fiel e trabalhador incansável

 

Tive a honra e o privilégio de conhecer nosso amado pastor Benigno Rodrigues desde o início dos anos oitenta. Alto, robusto, com uma voz profunda e vibrante. E, ao mesmo tempo, um homem sensível ao Espírito Santo e temente a Deus. 
Eu o conheci no vigor de seus jovens anos, quando ele começou a participar assiduamente nos "Encontros Cristãos de Renovação Espiritual" que celebramos na Argentina durante aqueles anos. Primeiro no espaço de Rio Tercero, Córdoba, e depois no Centro de Exposições de Palermo, em Buenos Aires.
Quando Benigno compreendeu o evangelho do reino de Deus, o discipulado, a unidade da igreja, o propósito eterno de Deus e outras verdades antigas da Palavra, abraçou essas verdades com todo o seu coração. Sendo pastor e evangelista com unção e sucesso, ele entendeu a necessidade de começar tudo de novo e colocar-se na posição de discípulo, e então fazer discípulos e formar, com a graça de Deus, homens e mulheres à imagem de Cristo.
Sendo um homem com experiência ministerial, com toda a humildade, ele nos pediu cobertura e se colocou sob autoridade para ser ajudado na sua formação, dentro da nova visão que Deus nos havia dado. E durante anos permaneceu fiel à visão de Deus para sua igreja. Ele soube perseverar com toda a fidelidade, embora isso significasse primeiro experimentar o "avivamento de Gideão". Ou seja, sua congregação, a princípio, em vez de aumentar, diminuiria. Aqueles que não aceitavam as exigências do reino de Deus acabariam saindo, pois estavam acostumados a um evangelho sem reino. Mas Benigno e sua fiel esposa Dirce perseveraram, convencidos de que essa visão não viera dos irmãos da Argentina, mas de Deus.
Benigno não se importou de eu ser mais novo do que ele e me pediu para ser seu irmão mais velho e assumir a responsabilidade de orientá-lo em sua vida e ministério.
Quando o pastor Abílio Chagas começou a celebrar os encontros de renovação e restauração espiritual em Bauru, a partir de 1982, Benigno apoiou-o e participou com seus discípulos sem perder nenhuma das dez reuniões anuais consecutivas realizadas naquela cidade.
Cristian Romo e eu tivemos a responsabilidade de pregar em todas essas reuniões. A partir dali a visão se espalhou para muitas cidades no Brasil.
Nosso querido Benigno e sua esposa geraram centenas de filhos espirituais; eles os discipularam e lhes transmitiram a visão. Hoje, vários desses discípulos são pastores, e neles você vê a graça, a convicção, a qualidade e a fé de seu pai espiritual.
A congregação que Deus levantou em Santo Amaro é formada por homens e mulheres que amam ao Senhor intensamente e servem-no com grande entusiasmo. Além disso, nosso amado Benigno tem dado cobertura e orientação a vários pastores que sentiram a necessidade de se abrigar sob sua autoridade ministerial.
Poucos homens, quando atingem os anos mais avançados de suas vidas, sabem como declinar graciosamente em seu ministério. Devo dizer que meu querido amigo Benigno, com toda a humildade, tem conseguido transmitir a responsabilidade da execução e do governo aos pastores mais novos que ele, aos filhos espirituais. Faz apenas um ano que lhe sugeri isto e ele imediatamente aceitou. Essa atitude revela a grandeza e a humildade do coração de Benigno.
Ele continua e continuará no ministério até que o Senhor o chame a sua presença, mas dedicando-se mais à Palavra e à oração, ficando mais livre das responsabilidades relacionadas ao desenvolvimento e direção do trabalho.
Homem fiel e firme em suas convicções. Homem de oração e fé. Temente a Deus. Verdadeiro pai. Verdadeiro servo. Trabalhador incansável.
É uma honra e alegria andar tantos anos ao lado do meu querido irmão Benigno, excelente companheiro no reino de Deus.

 

Jorge Himitian
Novembro de 2017

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